Comecemos pelos primórdios tempos de imaginação, quando ela ainda se guardava na penumbra dos espelhos quebrados. Tudo começou silenciosamente, como uma vontade tímida que foi crescendo e crescendo, até eu soltar discretamente num papo qualquer com uma de minhas amigas: " Sabe o que imaginei agora? Eu tirando o meu sapato (um all star cano médio, branco), e tacando na cabeça do Henrique..."
Isso na realidade era além de uma imagem, uma vontade, que ainda vem forte de vez em quando e me pega de surpresa. Porém quando olho pros lados, cadê o Henrique?
Chamemos de Henrique as coisas defenestráveis ou merecedoras de um golpe certeiro...
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